Na mais recente reunião de política monetária realizada a 14 de dezembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez consecutiva.
Nas últimas semanas a Euribor têm vindo a descer ligeiramente e os mercados esperam que a tendência continue neste ano 2024, depois de o BCE ter mantido as taxas diretoras inalteradas nas últimas duas reuniões e poder haver mesmo um corte no primeiro semestre (se o BCE vier a considerar que a inflação está controlada).
Na análise do mercado financeiro, destaca-se que a Euribor, a 29 de dezembro de 2023, atingiu valores abaixo dos 4% nos principais prazos:
• Euribor 3 meses: 3,909%
• Euribor 6 meses: 3,861%
• Euribor 12 meses: 3,513%
Ressalta-se, contudo, a dinâmica volátil deste indicador, sujeito a rápidas mudanças em resposta a variáveis como a trajetória da inflação ou outros indicadores económicos.
A descida da Euribor terá um impacto significativo nos empréstimos, promovendo um alívio, ainda que ligeiro, nas prestações do crédito à habitação na taxa variável, à medida que estas forem atualizadas. Consoante dados de outubro do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 37,8% dos créditos à habitação a taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses compreendia 35,9%, e a Euribor a três meses, 23,6%.
No atual contexto económico, a próxima reunião de política monetária do BCE, agendada para 25 de janeiro, assume uma relevância especial.
Acompanharemos atentamente esses desenvolvimentos, atentos às possíveis repercussões nos financiamentos habitacionais e na estabilidade do setor.
Em síntese, as perspectivas para 2024 no que diz respeito à Euribor são animadoras, com a recente tendência de queda a sugerir um ambiente propício para os mutuários. A decisão cautelosa do BCE em manter as taxas de referência reflete a sensibilidade às condições económicas em constante evolução. O impacto projetado dessa redução na Euribor, especialmente nos prazos a 3, 6 e 12 meses, promete aliviar, ainda que de forma moderada, as prestações dos créditos à habitação de taxa variável.
Numa análise mais profunda, os números revelados pelo Banco de Portugal destacam a relevância da Euribor na estrutura dos créditos à habitação, com a taxa a 12 meses representando uma significativa fatia do mercado. Este contexto, aliado à dinâmica volátil da Euribor, sublinha a importância da monitorização constante das condições económicas e das decisões do BCE.
À medida que nos aproximamos da próxima reunião de política monetária do BCE, marcada para 25 de janeiro, permanecemos atentos às possíveis mudanças que podem moldar o cenário financeiro ao longo do ano. As decisões tomadas nesse encontro terão implicações não apenas nas taxas de juro, mas também nas expectativas e decisões dos agentes do mercado, influenciando, assim, o panorama dos empréstimos habitacionais e a estabilidade económica global. Continuaremos a acompanhar de perto esses desenvolvimentos, cientes do impacto que podem ter nos financiamentos e no setor imobiliário como um todo.
Crédito Habtitação Euribor Intermediário de Crédito DinheiroNaCarteira DelmarIntermediariosDeCrédito
Visto 307 vezes